Custo de um trabalhador para a empresa
22/04/2024
Um fardo? Nem pensar! O custo de um trabalhador para a empresa é um investimento estratégico. Uma forma de construir uma equipa satisfeita e produtiva sem comprometer o crescimento e sustentabilidade do negócio.
Por isso, antes de definir quanto pagar aos novos colaboradores ou decidir o preço de venda dos seus produtos/serviços, continue a ler para perceber quais são, além do salário, as componentes do custo de um trabalhador para uma empresa.
Neste artigo vamos falar sobre:
- O que é o custo de um trabalhador para a empresa?
- Porque é importante saber os custos dos trabalhadores para a empresa?
- Quais são os principais custos dos colaboradores para a empresa?
- Como calcular o custo de um trabalhador para a empresa?
- Exemplo de cálculo do custo de um trabalhador que recebe 1.000€ mensais
O que é o custo de um trabalhador para a empresa?
O custo de um trabalhador para a empresa é, sucintamente, o valor que essa pessoa custa anualmente à empresa. Envolve o salário, mas também benefícios, impostos, formação e outras despesas associadas à sua contratação e manutenção.
Porque é importante saber o custo de um trabalhador para a empresa?
É importante saber os custos dos trabalhadores para a empresa para tomar decisões financeiras eficazes, garantir a rentabilidade do negócio, planear orçamentos, avaliar a competitividade no mercado e maximizar o retorno sobre o investimento em recursos humanos.
Caso contrário, pode sentir problemas de liquidez que o impeçam de cumprir as obrigações contratuais e fiscais. Além disso, o custo do trabalhador para a empresa é essencial para perceber qual será o melhor preço de venda dos seus produtos ou serviços para gerar lucro, não é verdade?
Quais são os principais custos dos colaboradores para a empresa?
Os colaboradores são os pilares que sustentam o sucesso da sua empresa, mas por detrás de cada um deles está um conjunto de custos que convém conhecer a fundo:
Salário base
Sem rodeios: o salário base é a maior fatia dos custos com um trabalhador para a empresa. É sobre ele que são calculados os impostos e outros componentes do custo de um trabalhador.
Para mais informações, consulte o Código do Trabalho.
Subsídio de férias e subsídio de Natal
Os subsídios de férias e Natal correspondem, geralmente, a um salário base cada por ano. O primeiro deve ser pago de uma só vez antes do início do período de férias e o segundo, pago no final do ano.
Segurança Social
A empresa empregadora tem também de pagar obrigatoriamente à Segurança Social uma contribuição sobre os salários, a Taxa Social Única (TSU). Em Portugal, na generalidade dos casos o valor total da TSU é 34,75% e está dividido em duas partes: uma de 11% suportada pelo trabalhador, a outra de 23,75% suportada pela empresa (22,3% para entidades sem fins lucrativos).
A TSU incide apenas no salário base do trabalhador?
Não, também incide nos subsídios de férias, Natal e refeição, ajudas de custo, diuturnidades, comissões, prémios e horas extraordinárias, entre outras variáveis.
Consulte as taxas contributivas aqui!
Há pagamentos isentos de TSU?
Sim, por exemplo o subsídio de refeição até 6€/dia quando pago em dinheiro, ou 9,6€/dia quando pago em cartão refeição. Vales de apoio social à infância e à educação, subsídios de compensação com encargos familiares, com assistência médica ou com férias e dias de folga, entre outros subsídios, também estão isentos.
Seguro de Acidentes de Trabalho
O Seguro de Acidentes de Trabalho é outro custo de um trabalhador para a empresa, já que tem por objetivo proteger em caso de acidente no percurso de ida e volta para o local de trabalho e em horário de expediente. Qual o custo de um trabalhador para a empresa? O valor depende da apólice contratada, idade do trabalhador, tipo de trabalho e riscos implicados, entre outros fatores, mas em média é cerca de 1% do salário anual.
Sabia que além do Seguro de Acidentes de Trabalho pode contratar um Seguro de Vida Empresas para oferecer mais proteção aos seus colaboradores? O nosso seguro paga uma indemnização aos beneficiários do colaborador em caso de morte ou ao próprio em caso de incapacidade para o trabalho.
Outros custos de trabalhadores para as empresas
É provável que para manter o bem-estar e a produtividade da sua equipa, tenha outros custos com trabalhadores, como o Subsídio de Refeição, formação profissional e fundos de compensação.
Subsídio de Refeição
O Subsídio de Refeição não é obrigatório no setor privado, mas a maioria dos empregadores opta por pagá-lo para complementar o salário base e compensar o trabalhador pelas despesas com refeições. É o caso da sua empresa? Então saiba que o subsídio de alimentação está sujeito a IRS e TSU, e é tributado consoante a forma como é pago:
- Se pagar em dinheiro com o salário, está isento de descontos até ao valor de 6€/dia (valor de referência para a função pública).
- Se pagar em cartão refeição, está isento de descontos até ao valor de 9,6€/dia.
Ainda não está a pagar com cartão refeição? Simule aqui a sua poupança!
Formação profissional
A formação profissional está prevista no Código do Trabalho, pelo que as empresas devem garantir acesso a formação contínua num período de 40h por ano.
Medicina do Trabalho, Higiene e Segurança
De acordo com o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, qualquer empresa deve assegurar o bem-estar dos seus colaboradores e prevenir riscos de saúde.
Fundos de compensação do trabalho
Para contratos celebrados após 1 de outubro de 2013, os fundos de compensação do trabalho (FCT) são obrigatórios. Para os trabalhadores, servem como salvaguarda para garantir o pagamento de até 50% das suas indemnizações pela cessação dos contratos de trabalho. Para as empresas, representam uma contribuição mensal de 1% sobre o salário base e diuturnidades.
Como calcular o custo de um trabalhador para a empresa?
O custo de um trabalhador para a empresa engloba 5 componentes, cuja soma dos valores determina o custo efetivo do trabalhador:
- Salário base
- Despesas de Segurança Social
- Seguro de Acidentes de Trabalho
- Subsídio de refeição
- Custos extra
Assim, para calcular o custo mensal de um trabalhador deve somar todas as parcelas do seguinte modo:
- Salário médio mensal, incluindo os subsídios de férias e de Natal: salário base x 14/12.
- Subsídio de refeição mensal (média de 21 dias úteis/mês): subsídio diário x 21 dias x 11/12 meses
- TSU: salário base x 0,2375 x 14/12 + excedente do subsídio de alimentação e afins x 0,2375
- FCT: salário médio mensal x 0,01
- Seguro de Acidentes de Trabalho mensal: salário base x 14 x 0,01/12
- Adicionar os restantes custos
Exemplo de cálculo do custo de um trabalhador que recebe 1.000€ mensais
- Salário base
1.000,00€ x 14 meses = 14.000€ /ano
- TSU
14.000,00€ x 23,75% = 3.325,00€
- Subsídio de Alimentação
9,6 x 22 dias úteis = 211,2€ ou 211,2€ x 11 meses = 2323,2€
- Seguro de Acidentes de Trabalho
1.000,0 € x 1% x 14 meses = 140,00€
- Medicina e Segurança no Trabalho
100,00€
- Formação Profissional
350,00€
- Total mensal
1.589,11€
- Total anual
19.069,34€
Qual é o custo total para a empresa de um trabalhador?
Se o trabalhador receber 1.000€ líquidos custa à empresa, no mínimo 1.448,70€ mensais ou 16.323,2€/ ano.
E quanto custa um salário mínimo para a empresa?
Como sabe, em 2024 o salário mínimo passou para 820€, pelo que hoje em dia, descontados os 11% da Segurança Social, um trabalhador com salário mínimo recebe mensalmente 729,80€. O que é que isso significa para a entidade empregadora? Significa que terá de pagar ao Estado, por cada trabalhador, 194,75€ (valor referente à taxa social única). No total, todos os meses gastará 1.014,75€ para o trabalhador receber os 729,80€ líquidos.
Quando o salário mínimo é um fator significativo, oferecer benefícios como cartões refeição e seguros pode compensar os custos adicionais para as empresas. Os benefícios Pluxee não só aumentam o valor total da remuneração dos trabalhadores, como promovem a satisfação e o bem-estar no trabalho.
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